sábado, 27 de junho de 2009








O poema abaixo tem uma importante mensagem, que é a de que há tempo para tudo. Tempo de crescimento, de maturação, de produção, de dar o que se produziu, e de recolhimento e preparação para tornar a produzir.

Na vida espiritual é assim, não temos tudo a oferecer o tempo todo. Há momentos em que parece não haver fruto. Mas esse não haver fruto faz parte do processo da vida de quem dá fruto, o processo da realimentação para o fruto, como a planta do poema.

Há quem não entenda o recolhimento por que, às vezes, alguém está passando. Pensam que somos despensa sempre cheia e disponível aonde simplesmente se chega e se pega o que se quer. Para se dar algo é necessário que se tenha esse algo, e não se pode tê-lo, sem que se despenda tempo em construí-lo, alimentá-lo, prepará-lo para que alguém o receba, ou apanhe e desfrute.


HOW AN APPLE TREE GROWS


You are a very small apple seed under the cold ground.

It is winter and you are sleeping.

Above you, frost covers the ground.

It is dark under the ground.

Now it is spring.

It is warm.

You start to wake up.

It rains in the spring time.

It feels good.

You are strong with the water and the warm earth.

You come above the ground and feel the sun.

You are small, but you are happy to be outside.

The sun feels good.

You feel strong.

The rain feels good.

You grow slowly.

Now it is a few years in the future.

You are now a small tree, about the size of a young person.

You have beautiful green leaves.

There is more sun and rain.

You grow taller.

Soon you have apples on your branches.

You are a happy strong apple tree.

It is fall (autumn).

You have big apples on your branches.

Your branches feel heavy with so many apples.

You see some children.

The children pick your apples.

Your branches feel light.

Almost all of your apples are gone.

But you will grow more next year.

You thank the children.

You know they will enjoy the apples.

The children will eat the apples.

Some of the seeds from the apples might grow to be new apple trees.

Now it is winter.

All of your leaves are gone.

But you know you will grow more leaves next spring and apples for the fall.

Now it is time to rest.

You rest.

















sábado, 20 de junho de 2009


Jesus não escolheu outro caminho

Certa vez, Jesus estava no Sul da Judeia e tinha de retornar a Galileia, a Cafarnaum.
Normalmente os judeus que partiam de Jerusalém rumo ao Norte tomavam o caminho do mar (a Via Maris) ou o caminho do Jordão.

Para chegar à Galileia pelo caminho do Jordão, o viajante teria que descer o Monte das Oliveiras, atravessar o Jordão, chegar a Betânia, seguir pela margem Leste do rio, rumo ao Norte, cortar as regiões da Pereia e Decápoli, margear o Mar da Galileia, e, então, cruzar para o lado Oeste e entrar na Galiléia por Cafarnaum.

Pelo caminho do mar, o viajante descia de Jerusalém rumo a Lida, rumo a Jope e chegava a Cesaréia; dali costeava o Monte Carmelo e, então, chegava à Galileia.

O terceiro caminho

Jesus não fez isso. Ele tomou um outro caminho, chamado de o caminho do meio. Um caminho bem mais curto para se chegar ao rumo pretendido.
O caminho do meio era evitado pelos Judeus, pois atravessava Samaria e os Judeus não se davam com os samaritanos ao ponto de preferirem rotas mais distantes e cansativas. Caminhariam mais, se fosse preciso, para não encontrarem samaritanos pela frente.

Quando Jesus quis ir a Galileia, ele optou pelo caminho do meio, a opção que qualquer judeu pensaria duas vezes em fazer.

Jesus não evitou o desconforto de se encontrar com os samaritanos, porque nele não havia preconceito. Para ele não havia alguém evitável, alguém inferior. Para ele o desentendido deveria ser entendido. Para ele não havia rodeios, desvios, dissimilações. Se havia um ponto, que se fosse ao ponto.

Ele tomou o caminho do meio, porque é no centro em que ele está.
Está no centro para agregar, para unir, desfazer mal-entendidos, quebrar barreiras, salvar.

Se tomasse o caminho do mar ou o do Jordão somente iria reproduzir e validar o que religiosamente estava estabelecido, que os samaritanos eram nada, fruto de miscigenação, impuros. Se assim o fizesse, Jesus seria apenas mais um judeu religioso.
Jesus escolheu o caminho do meio, porque seria no caminho do meio que ele mostraria, como tantas vezes mostrou, a essência do evangelho: a reconciliação de Deus com os homens, dos homens com Deus, o livramento das culpas, da vergonha, a novidade de vida, tanto para o agora como para o porvir.

Foi pelo caminho do meio que ele chegou a Sicar, onde estava o poço de Jacó.
Toda a verdade da sua vida viva se manifestou ao tomar o caminho do meio: o rompimento do que não era vida e que se mostrava como se fosse e se estabeleceu como se fosse, situação que estava representada na vida da mulher que ele encontraria.

Uma mulher samaritana de vida duvidosa, questionada pela sociedade, de vida frustrada e de vários desencontros amorosos e familiares, cujos olhares alheios, de forma inquisitiva, lhe assombravam, conhecedora de assuntos religiosos (é o que revela a conversa com Jesus - capítulo 4 de São João) teve sua vida restabelecida pelo poder da verdade de Jesus, o que anda pelo centro.

Feliz foi aquela mulher, foi aquela região, foi aquele dia, em que passos foram dados a menos, distâncias foram encurtadas, a fim de alongar a esperança, a paz, a força para a vida. A região onde a samaritana morava foi mudada com o ato de Jesus, com o que ele disse a ela, e com a atitude dela frente ao que experiênciou.

O que fica dessa história do caminho do meio?
Que ele venha e nos encontre; que com a sua verdade que não se desvia, nos faça descobrir quem somos e nos cure, nos alivie daquilo que sozinhos não somos capazes de nos desvencilhar. Nos faça entender que as barreiras, que aos nossos olhos nos distanciam de tudo, de todos e dele, para ele não são nada.
Nos encontre Jesus!!



José Martins